sexta-feira, 28 de outubro de 2011




ETA VIDINHA!!!


Escuta, o dia vem
chegando.
O Bem-te-vi escondido
na mata está
te vendo
nesta vidinha
acanhada,
acabrunhada,
lenta e
preguiçosa.
É tempo de mudança.
Chegou a hora.

O sol quente,
ardente
iluminou o sertão.
Fez do céu
um mar
de ondas voláteis.
Nenhuma nuvem
no ar
prá fazer sombra no
 chão.

A caatinga teimosa
onde a sussuarana
escondida e esquiva
dá o bote certeiro.
A cobra desliza
como um serelepe
num chão
abrasador.
A fogo-apagou
no areião faz
caracol.
O boi Fubá e
vaca Estrela
ruminam o capim
pouco e seco.

Quem disse que
chegou a
hora?
Na minha mansidão
penso na vida.
Na hora anunciada!
Era  um anjo?
A cachaça?
Não bebo mais
de bucho vazio.
A gente escuta
assombração.
Cruz credo.

Sou um homem trabalhador.
Não tenho culpa
da chuva me causar
urticaria.
Dá uma coceira danada.
É falta de costume.
O sol também 
não é meu amigo.
Me dá um suador...
tenho que tomar banho.
Me deixa fraco!

Procuro água e sombra
fresca e uma rede
prá deitar.
Uma viola prá tocar
em  noite
de lua cheia e
a tristeza espantar.
Não quero muito.
Tem gente que trabalha
muito menos e
tem mordomias
de rei.
Lá pró lado de 
Brasília.

Só me falta uma cabocla
prá beijar na boca
e balançar a 
rede...
não gosto de
tanto esforço.

Espero um dia
Deus mandar novamente
maná dos Céus.

Gente...

Prá escrever estes versos
trabalhei muito.
Chega!!!
Quincas MEIRA.



sexta-feira, 21 de outubro de 2011





TORMENTO
No dia que meu 
coração não disparar,
não gelar
quando  lembrar
de você.
Estarei feliz.
Livre.
Em paz.

Foste meu grande
amor.
Meu tormento.
Minha insegurança.
Fizeste do meu coração
um trapo.

Hoje ainda em
lampejo
sinto tua presença
povoando minha
alma.

Sigo em frente
numa batalha
interior.
Coração contra mente.

Qual
vencerá?

Quincas MEIRA




domingo, 16 de outubro de 2011




INGRATIDÃO
Vento amigo
me leva pra longe
aqui estou sofrendo
esperando em vão
a volta do meu amor.

Hoje choro escondida.
 Vergonha das
minhas lagrimas.
Das minhas fraquezas..
Da minha inocência
madura
Acreditei no fogo da 
paixão.

Meu racional quer
esquecer.
Meu coração
não
da tua ingratidão.
Na tua insensibilidade
não percebes minha dor
que me afoga
num mar de sentimentos
frustrantes:
Magoas e 
arrependimentos.

Ontem inicio de
um grande amor.
Uma deliciosa aventura.
A felicidade estava no ar.
No nosso ser.
Hoje somente lembranças
que machucam.
Esperanças
deste amor renascer
como um milagre.
Atormenta
minha álma.

Uma ponte em nossa frente.
O lado podre dela me deste.
Muitos momentos
sem apoio.
Sem uma mão para  segurar.
Sem um ombro amigo.
Sem uma palavra amiga.
Na minha teimosia,
me doei,
me sacrifiquei.
Conseguimos
chegar do outro lado
do abismo.

Hoje tenho novamente
a ponte para atravessar.
Não estou só
Deus está comigo.
Do lado de lá do
abismo
por certo estará
a felicidade.

Quincas MEIRA













domingo, 9 de outubro de 2011




MEU SERTÃO

belo, imenso.
Seco, alagado.
Rios perenes e
outros nem tanto.


Simbiose mágica
onde tudo se completa.
Onde o forte
subjuga o  fraco.
A  flor  e o espinho.
o açoite do vento quente,
o cheiro de terra molhada
compunham o cenário..
Sincronismos.
Antagonismos...
Harmonia na sabedoria de
Deus
.

Meu sertão.
Na tua vastidão,
nos grotões e
e nas veredas
que somem ao longe,
a solidão
abraça o homem.

Meu sertão de terra
vermelha também
tem o
verde,
onde tua fauna
canta em sinfonia.


Na esteira do misticismo
surge a caipora,
que o sertanejo
pede licença
para caçar,
deixando um presente
ao adentrar
na mata.
Vem também saci pererê
pulando numa
perna só.


Na escuridão da noite
iluminada por
vagalumes,
a mula sem cabeça e
lobisomem
pegam crianças
desobedientes.
Viu?


Completando este cenário,
o forte e destemido
sertanejo
luta dia a dia
por vida melhor
respeitando
os caprichos da natureza,
mas não arreda o pé.


Este é meu Sertão.

Quincas MEIRA

















quarta-feira, 5 de outubro de 2011



Uma história de um homem doente e esquecido no seu canto por aqueles mais próximos e que veio encontrar numa mulher, que morava distante, palavras de amor, conforto e esperança. Isto prova que para amar alguém não é preciso o toque, o abraço e o beijo. Apenas palavras sinceras e confortantes.  Ele deixou uma mensagem, transmitida pela sua filha, quão importante foi esta mulher nos seus últimos dias de vida.




ANJO

A vida no seu despertar
é bela, linda!
Tudo é enaltecido.
Vem a juventude, os amigos.
Vem os acertos, os erros,
os amores,
as desilusões.
Tudo em profusão.

Depois o entardecer,
a sombra da noite.
As  dores físicas e d’álma.
É o câncer que degenera,
que corroe.

A dor da indiferença,
o desprezo e a solidão
que dói mais
no coração.

Quando a esperança foge
como um pássaro
do caçador.
O sonho de um novo amor
também se vai.

De repente um anjo surge
aliviando minha existência,
acalentando meu ser,
me fazendo um ser humano
novamente.

Surgiste dentre às sombras
de minha agonia,
do meu desespero,
da minha dor como
um anjo do amor.

Mesmo distante foste
meu último amor.
Encontrei no teu coração,
nas tuas palavras
a verdade,
a paciência e
compreensão.
Foste o bálsamo para minhas
dores.


Sabia que no meu dia a dia
havia você,
um ombro amigo.
Desenterraste meu sonho.
Deu-me esperanças.

Hoje deixo um recadinho.
Meu anjo...
Fui.
Paul.





sábado, 1 de outubro de 2011





PRELIMINARES

Liminar.

Segredo de iniciar.

Inicio do amor

envolvente,

absorvente.


Seus pés de leve

tocam nos meus

como um convite

sensual.

Depois mais frenéticos

roçam,

acariciam...


As mãos, nossas mãos

procuram o toque.

Sensitivas descobrem

os mistérios dos nossos

corpos.


Mãos, minhas mãos

percorrem teu corpo

de pele macia,

tuas coxas grossas,

sensuais,

exploram tua protuberância

quente, ardente,

fenda de desejos.

Minhas mãos, nossas mãos 

descobrem nossos

 desejos

que unem nossos corpos

num ato insano, sem limites.

São as preliminares

do amor.


Você preparada, aquecida,

vem o jogo principal

sem regras, 

sem pudor e

depois o auge:

o orgasmo recompensador
.
Recheado de amor.


Quincas MEIRA

(a todos que sabem amar)