sexta-feira, 4 de novembro de 2011


ROSAS


 Fatais,
Hiroshima e Nagasaki!
 Sentimentais,
falam com o poeta!
Amantes,
exalam perfumes do
amor!
De nome composto,
daquela que trouxe no ventre
Ele,
a Luz do mundo!
De todos os matizes.

Entre todas as rosas

és a mais bela...
Rosa Maria!


Quincas MEIRA



sexta-feira, 28 de outubro de 2011




ETA VIDINHA!!!


Escuta, o dia vem
chegando.
O Bem-te-vi escondido
na mata está
te vendo
nesta vidinha
acanhada,
acabrunhada,
lenta e
preguiçosa.
É tempo de mudança.
Chegou a hora.

O sol quente,
ardente
iluminou o sertão.
Fez do céu
um mar
de ondas voláteis.
Nenhuma nuvem
no ar
prá fazer sombra no
 chão.

A caatinga teimosa
onde a sussuarana
escondida e esquiva
dá o bote certeiro.
A cobra desliza
como um serelepe
num chão
abrasador.
A fogo-apagou
no areião faz
caracol.
O boi Fubá e
vaca Estrela
ruminam o capim
pouco e seco.

Quem disse que
chegou a
hora?
Na minha mansidão
penso na vida.
Na hora anunciada!
Era  um anjo?
A cachaça?
Não bebo mais
de bucho vazio.
A gente escuta
assombração.
Cruz credo.

Sou um homem trabalhador.
Não tenho culpa
da chuva me causar
urticaria.
Dá uma coceira danada.
É falta de costume.
O sol também 
não é meu amigo.
Me dá um suador...
tenho que tomar banho.
Me deixa fraco!

Procuro água e sombra
fresca e uma rede
prá deitar.
Uma viola prá tocar
em  noite
de lua cheia e
a tristeza espantar.
Não quero muito.
Tem gente que trabalha
muito menos e
tem mordomias
de rei.
Lá pró lado de 
Brasília.

Só me falta uma cabocla
prá beijar na boca
e balançar a 
rede...
não gosto de
tanto esforço.

Espero um dia
Deus mandar novamente
maná dos Céus.

Gente...

Prá escrever estes versos
trabalhei muito.
Chega!!!
Quincas MEIRA.



sexta-feira, 21 de outubro de 2011





TORMENTO
No dia que meu 
coração não disparar,
não gelar
quando  lembrar
de você.
Estarei feliz.
Livre.
Em paz.

Foste meu grande
amor.
Meu tormento.
Minha insegurança.
Fizeste do meu coração
um trapo.

Hoje ainda em
lampejo
sinto tua presença
povoando minha
alma.

Sigo em frente
numa batalha
interior.
Coração contra mente.

Qual
vencerá?

Quincas MEIRA




domingo, 16 de outubro de 2011




INGRATIDÃO
Vento amigo
me leva pra longe
aqui estou sofrendo
esperando em vão
a volta do meu amor.

Hoje choro escondida.
 Vergonha das
minhas lagrimas.
Das minhas fraquezas..
Da minha inocência
madura
Acreditei no fogo da 
paixão.

Meu racional quer
esquecer.
Meu coração
não
da tua ingratidão.
Na tua insensibilidade
não percebes minha dor
que me afoga
num mar de sentimentos
frustrantes:
Magoas e 
arrependimentos.

Ontem inicio de
um grande amor.
Uma deliciosa aventura.
A felicidade estava no ar.
No nosso ser.
Hoje somente lembranças
que machucam.
Esperanças
deste amor renascer
como um milagre.
Atormenta
minha álma.

Uma ponte em nossa frente.
O lado podre dela me deste.
Muitos momentos
sem apoio.
Sem uma mão para  segurar.
Sem um ombro amigo.
Sem uma palavra amiga.
Na minha teimosia,
me doei,
me sacrifiquei.
Conseguimos
chegar do outro lado
do abismo.

Hoje tenho novamente
a ponte para atravessar.
Não estou só
Deus está comigo.
Do lado de lá do
abismo
por certo estará
a felicidade.

Quincas MEIRA













domingo, 9 de outubro de 2011




MEU SERTÃO

belo, imenso.
Seco, alagado.
Rios perenes e
outros nem tanto.


Simbiose mágica
onde tudo se completa.
Onde o forte
subjuga o  fraco.
A  flor  e o espinho.
o açoite do vento quente,
o cheiro de terra molhada
compunham o cenário..
Sincronismos.
Antagonismos...
Harmonia na sabedoria de
Deus
.

Meu sertão.
Na tua vastidão,
nos grotões e
e nas veredas
que somem ao longe,
a solidão
abraça o homem.

Meu sertão de terra
vermelha também
tem o
verde,
onde tua fauna
canta em sinfonia.


Na esteira do misticismo
surge a caipora,
que o sertanejo
pede licença
para caçar,
deixando um presente
ao adentrar
na mata.
Vem também saci pererê
pulando numa
perna só.


Na escuridão da noite
iluminada por
vagalumes,
a mula sem cabeça e
lobisomem
pegam crianças
desobedientes.
Viu?


Completando este cenário,
o forte e destemido
sertanejo
luta dia a dia
por vida melhor
respeitando
os caprichos da natureza,
mas não arreda o pé.


Este é meu Sertão.

Quincas MEIRA

















quarta-feira, 5 de outubro de 2011



Uma história de um homem doente e esquecido no seu canto por aqueles mais próximos e que veio encontrar numa mulher, que morava distante, palavras de amor, conforto e esperança. Isto prova que para amar alguém não é preciso o toque, o abraço e o beijo. Apenas palavras sinceras e confortantes.  Ele deixou uma mensagem, transmitida pela sua filha, quão importante foi esta mulher nos seus últimos dias de vida.




ANJO

A vida no seu despertar
é bela, linda!
Tudo é enaltecido.
Vem a juventude, os amigos.
Vem os acertos, os erros,
os amores,
as desilusões.
Tudo em profusão.

Depois o entardecer,
a sombra da noite.
As  dores físicas e d’álma.
É o câncer que degenera,
que corroe.

A dor da indiferença,
o desprezo e a solidão
que dói mais
no coração.

Quando a esperança foge
como um pássaro
do caçador.
O sonho de um novo amor
também se vai.

De repente um anjo surge
aliviando minha existência,
acalentando meu ser,
me fazendo um ser humano
novamente.

Surgiste dentre às sombras
de minha agonia,
do meu desespero,
da minha dor como
um anjo do amor.

Mesmo distante foste
meu último amor.
Encontrei no teu coração,
nas tuas palavras
a verdade,
a paciência e
compreensão.
Foste o bálsamo para minhas
dores.


Sabia que no meu dia a dia
havia você,
um ombro amigo.
Desenterraste meu sonho.
Deu-me esperanças.

Hoje deixo um recadinho.
Meu anjo...
Fui.
Paul.





sábado, 1 de outubro de 2011





PRELIMINARES

Liminar.

Segredo de iniciar.

Inicio do amor

envolvente,

absorvente.


Seus pés de leve

tocam nos meus

como um convite

sensual.

Depois mais frenéticos

roçam,

acariciam...


As mãos, nossas mãos

procuram o toque.

Sensitivas descobrem

os mistérios dos nossos

corpos.


Mãos, minhas mãos

percorrem teu corpo

de pele macia,

tuas coxas grossas,

sensuais,

exploram tua protuberância

quente, ardente,

fenda de desejos.

Minhas mãos, nossas mãos 

descobrem nossos

 desejos

que unem nossos corpos

num ato insano, sem limites.

São as preliminares

do amor.


Você preparada, aquecida,

vem o jogo principal

sem regras, 

sem pudor e

depois o auge:

o orgasmo recompensador
.
Recheado de amor.


Quincas MEIRA

(a todos que sabem amar)





terça-feira, 27 de setembro de 2011



PARABÉNS


Hoje é o teu dia!

Parabéns para tua mãe,

sem ela onde estarias?

Ela te deu o sustento,

sabedoria e

amor.

Te fez uma grande

mulher


Deus fez o tempo

sem calendário.

Indivisível!

Quando alguém perguntar

que dia nasceste, diga: 

hoje.


Nosso hoje é o hoje

do início dos

tempos. 

É o hoje de hoje.

É o hoje de amanhã...

Eternamente.


Parabéns por ter nascido

hoje!

Meu presente? 

Já dei:

Minha costela!


Quincas MEIRA

(parabéns a vc mulher)












sábado, 24 de setembro de 2011

DENGOSA
Na penumbra do quarto
teu corpo nu vislumbro,
o cio, o perfume recende,
invade...

Resvalas no cetim,
no ninho do amor.
Como uma fruta doce oferece,
anseia ser desejada,
amada.

És tu mulher voluptuosa,
ardente, provocante,
dengosa...
Senhora das minhas
fantasias.


Quincas MEIRA
 (aos corações ardentes)




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

BANDOLEIRO

 Envolvido nos
teus braços,
beijei teu lábios
longamente...
muitas vezes.
Senti tua pele
macia.
Adormeci ao
teu lado.

Do teu amor
me alimentei,
abusei e
cansei...

 Querida o
tempo passou
tudo mudou
e meu coração
bandoleiro
é  prisioneiro
de mil amores.

Não direi adeus,
apenas um até
breve.
 Talvez um dia...
quem sabe?


Quincas MEIRA

(aos corações incautos)


















quinta-feira, 22 de setembro de 2011




REFLEXÃO
A solidão da noite,
o açoite do vento,
a chuva fria,
o molambro pouco 
aquece.

A mão estendida,
implorando recebe
a incompreensão.
Por companheiro
o infortúnio.


As intempéries da natureza
são pequenas, suaves,
comparadas com a
grandeza do
preconceito.

Do lar nada sei.
Nunca tive!
Pai e mãe sei lá!
Deles somente tenho
a saudade de quem
nunca vi.
Brincadeiras?
Raridades.


O bálsamo temporário...
Alucinógeno.
Viagens delirantes
por mundos
fantasmagóricos.
Ilusão profunda,
corrosiva
que digere o corpo e
álma.
Vida curta.
Ainda bem!!!

Sou uma criança de rua.


Quincas MEIRA




















segunda-feira, 19 de setembro de 2011



GOSTO...

Gosto do gosto do gostoso.
Gosto do gosto doce
dos teus beijos.
Gosto da tua sensualidade,
das curvas do teu corpo.

Gosto dos teus desejos
que envolvem o meu ser.
Gosto do aconchego do teu
colo.

Gosto do exalar do hormônio
do teu ninho
que me leva ao êxtase e
 excitado.



Gosto do abraço dos teus braços
que me grudam ao teu corpo e
me faz sentir os teus seios
provocantes.



Gosto do vai e vem
de nossas mentes
que não mentem e
que unem nossos corpos 
em um só.
Eternamente.



Quincas Meira









domingo, 18 de setembro de 2011


ANTÍTESE

A imensidão dos mares,
a leveza da gota de orvalho.
.
A pujança do condor,
a perfeição do beija-flor.

A ponta do espinho,
o perfume da flor.

O amargo do fel,
o doce do mel. 

O açoite da ventania,
o frescor da brisa.

A fúria da tempestade,
a bonança da chuva.

A frieza do desprezo,
o calor do amor.

O ódio que destrói,
o perdão que edifica.

A crueldade da guerra,
a sensibilidade da paz.

A saudade da separação,
a emoção do encontro.

O infinito do universo,
o limite do ser humano.

Nada sem Deus,
tudo com Deus.

Quincas MEIRA

sábado, 17 de setembro de 2011

O RETRATO
Uma folha de papel em branco,
um lápis preto.
O artista desenhou teu
retrato e
ao vê-lo, apenas:
um minúsculo ponto,
retas paralelas,
circunferências,
ângulos e
reticências...

Esclarece o artista:
o ponto é inicio da vida.
Os ângulos os encontros,
teus amores,
teus filhos.
As circunferências,
a perfeição.

As reticências
o futuro e 
as retas paralelas,
você nunca andou sozinha.
Ele sempre esteve ao 
teu lado.

O artista num gesto mágico
completa a obra e
de figuras geométricas
surge o teu retrato
onde estás radiante, 

bela e feliz

.
Para isto Ele morreu
na cruz pela nossa
felicidade.
Quincas MEIRA






quinta-feira, 15 de setembro de 2011



(prá mim...)

SEM VOLTA

Navegas em

águas calmas,

mansas...

Pensas senhor do

mundo.

Nada te atinge.

Eis que vem

mansamente,

coisa de somenos e

leva teu bem

para o desconhecido.

É o falecimento dos

sentimentos.


O silêncio absoluto...

sem volta.


Quincas Meira